Estratégias para recuperar o equilíbrio financeiro.
Quando os encargos começam a acumular-se e o ordenado já não chega para tudo, é natural sentir ansiedade e perder a noção de como dar a volta. Mas sair das dívidas não é um sonho impossível — é um processo que exige organização, disciplina e, em muitos casos, apoio especializado.
Neste artigo, reunimos um guia prático com várias etapas para ajudar a reorganizar as suas finanças e recuperar a tranquilidade.
Conheça a sua situação ao detalhe.
O primeiro passo é conhecer ao detalhe ou mapear todas as dívidas: cartões de crédito, créditos pessoais, habitação, automóvel ou qualquer outro financiamento.
- Registe valores em dívida, taxa de juro (TAEG), prazo de pagamento e prestação mensal.
- Consulte o Mapa de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal para ter um retrato fiel da sua situação.
- Calcule a sua taxa de esforço: divida o total das prestações pelo rendimento líquido do agregado familiar: (Total das prestações ÷ rendimento líquido mensal) × 100.
Existem percentagens de endividamentos que devem ser linhas vermelhas: Até 30% é saudável; acima de 60% já é considerado crítico.
Crie (ou ajuste) o seu orçamento mensal.
Sem saber para onde vai o dinheiro, não há solução possível.
- Liste todos os rendimentos e despesas fixas (renda, água, luz, telecomunicações) e variáveis (supermercado, transportes, almoços, jantares, etc).
- Identifique onde pode cortar gastos e canalize essa folga para reduzir dívidas.
- Use técnicas simples, como a regra das 48 horas antes de comprar algo não essencial ou a prática de “pagar-se primeiro”, transferindo logo no início do mês um valor para amortização ou poupança.
A regra das 48 horas é uma técnica simples de autocontrolo financeiro para evitar compras por impulso.
Funciona assim:
- Sempre que uma pessoa tiver vontade de comprar algo não essencial, deve espere 48 horas antes de tomar a decisão.
- Ao fim desse período, reavalie se realmente precisa do produto/serviço, se tem capacidade financeira para o pagar sem recorrer a crédito e se a compra vai ao encontro dos seus objetivos.
Em muitos casos, a vontade de comprar desaparece, permitindo poupar dinheiro e manter o orçamento controlado.
Defina a ordem de pagamento das dívidas.
Se tem várias dívidas, escolha um objetivo e uma ordem de amortização que melhor se adapta ao seu perfil e capacidade:
- Método Avalanche: ataca primeiro as dívidas com juros mais altos (financeiramente mais eficiente).
- Método Bola de Neve: começa pelas mais pequenas (gera motivação rápida).
- Estratégia Híbrida: combina os dois métodos, libertando primeiro as pequenas prestações e depois focando nos juros altos.
Negocie com os bancos e poupe.
A renegociação pode ser um passo decisivo. Para esta opção existem algumas soluções possíveis a considerar:
- Reduzir o spread ou TAEG para baixar a prestação;
- Alargar o prazo de pagamento (com impacto no custo total);
- Solicitar carência de capital em períodos de dificuldade;
- Transferir o crédito para outra instituição com melhores condições;
- Consolidar vários créditos numa única prestação.
Muitas vezes, existe a possibilidade de apenas se rever os seguros associados ao crédito, o que já pode representar uma poupança significativa.
Conte com ajuda especializada.
Nem sempre é fácil lidar sozinho com este processo. Aqui, o apoio de um intermediário de crédito certificado pode fazer a diferença:
- Ajuda a negociar com os bancos;
- Experiência em lidar com situações similares;
- Analisa várias propostas de consolidação ou transferência de crédito;
- Trata da burocracia sem custos para o cliente.

Além disso, existem mecanismos legais de apoio como o PARI (Plano de Ação para o Risco de Incumprimento) e o PERSI (Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento), que permitem renegociar antes que a situação chegue a tribunal.
Proteja-se para o futuro.
Sair das dívidas é apenas metade de um caminho que se escolhe. O passo seguinte é garantir que não volta ao mesmo ponto.
Invista em literacia financeira: quanto mais conhecimento, melhores serão as suas decisões.
Construa um fundo de emergência (idealmente de 6 a 12 meses de despesas).
Evite usar crédito para despesas correntes.
Reveja regularmente as suas finanças e atualize os objetivos.
Perguntas Frequentes (FAQ’s)
➡ Como posso saber exatamente quanto devo?
Através do Mapa de Responsabilidades de Crédito, disponível no site do Banco de Portugal.
➡ Vale a pena consolidar créditos?
Sim, muitas vezes reduz a prestação e simplifica a gestão. Mas deve sempre avaliar o custo total antes e depois da consolidação. Os banco também referenciam estas operações de consolidação de créditos para futuras análises.
➡ O que fazer se já falhei pagamentos?
Contacte de imediato o banco e peça integração no PERSI, que suspende ações judiciais enquanto procura uma solução de regularização.
➡ É melhor investir ou amortizar crédito?
Enquanto tiver créditos com taxas de juro elevadas, a amortização deve ser prioridade. O investimento pode vir mais tarde.
Conclusão.
Sair das dívidas não acontece da noite para o dia, mas é totalmente possível com planeamento e disciplina. Na Maxfinance Presidente, ajudamos a encontrar soluções personalizadas: analisamos a sua situação, negociamos com os bancos e apoiamos cada passo rumo à sua liberdade financeira.Não adie a mudança. Contacte-nos hoje e recupere o controlo da sua vida financeira.