(Nota de Informação Estatística publicada pelo Banco de Portugal em 1 de outubro de 2025).
No dia 1 de outubro de 2025, o Banco de Portugal divulgou a nota de informação estatística referente a agosto de 2025, com dados sobre taxas de juro e montantes de novos empréstimos e depósitos.
Estes indicadores são fundamentais para compreender como evoluem o custo do crédito e a rentabilidade das poupanças no país — temas que afetam diretamente famílias, empresas e a economia nacional.
Depósitos: juros cada vez mais baixos.
Em agosto, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares desceu para 1,34%, menos 0,05 pontos percentuais face a julho. Este é já o vigésimo mês consecutivo de descida, refletindo a tendência de redução das remunerações bancárias.

No caso das empresas, a taxa média também recuou, fixando-se em 1,62%.

Esta descida contínua indica que os bancos estão a ajustar as taxas de captação a um contexto de política monetária mais estável e de menor pressão inflacionista.
O montante de novas operações de depósitos a prazo atingiu 11,2 mil milhões de euros para particulares e 7,9 mil milhões de euros para empresas, registando quedas mensais de -926 M€ e -2 316 M€, respetivamente.
Empréstimos: estabilidade com ligeira descida.
No crédito, as taxas de juro mostram sinais de estabilização, com pequenas descidas em quase todos os segmentos.
Isto reflete uma economia em fase de ajuste, com os bancos a responderem gradualmente à expectativa de descida das taxas diretoras do BCE.
Eis o retrato de agosto:
- Total de particulares: 4,03% (-0,03 p.p. face a julho)
- Habitação: 2,86% (-0,03 p.p.)
- Consumo: 8,77% (-0,06 p.p.)
- Outros fins: 3,53% (sem variação)
- Empresas: 3,54% (-0,11 p.p.)
Esta leve descida traduz um alívio progressivo do custo do crédito, ainda que longe dos níveis registados antes do ciclo de subidas do BCE.

Montantes de novas operações.
Depois de vários meses de crescimento, o volume de novas operações registou uma ligeira contração em agosto, tanto no crédito como nos depósitos.
Este comportamento sugere um maior cuidado das famílias e empresas nas decisões financeiras, refletindo o impacto da incerteza económica e da prudência orçamental.
Nos empréstimos a particulares e empresas, os números revelam:
- Particulares (total): 2 972 M€ (-497 M€ vs julho)
- Novos contratos: 2 551 M€ (-485 M€)
- Renegociações: 421 M€ (-12 M€)
- Empresas (total): 2 103 M€ (-949 M€)

Também nos depósitos a prazo houve retração dos montantes:
- Particulares: 11 238 M€ (-926 M€ vs julho)
- Empresas: 7 943 M€ (-2 316 M€)

O que estes números significam.
Os resultados de agosto devem ser lidos como um ajuste natural após um período prolongado de volatilidade nas taxas.
As famílias e as empresas enfrentam hoje condições mais estáveis, mas que exigem maior planeamento.
Para as famílias
Os consumidores veem-se perante um cenário de poupanças menos rentáveis e crédito ainda exigente, mas ligeiramente mais acessível do que há alguns meses.
- Os depósitos a 1,34% continuam a oferecer retornos baixos, o que torna fundamental avaliar alternativas de investimento.
- No crédito à habitação, as taxas médias de 2,86% indicam um abrandamento que pode beneficiar novos contratos ou renegociações.
Para as empresas
Também o tecido empresarial começa a sentir algum alívio no custo do financiamento, o que pode estimular investimento e expansão a médio prazo.
- As taxas médias de 3,54% para empresas são as mais baixas desde o final de 2023.
- A quebra nos montantes de crédito sugere, contudo, uma postura mais prudente na contratação de dívida.
Para o mercado bancário
Os bancos continuam a operar com spreads confortáveis entre o crédito e os depósitos, garantindo margens de rentabilidade, mas enfrentam uma maior pressão competitiva.
- O desafio está em equilibrar a rentabilidade com a atração de novos clientes, sobretudo num cenário de descida gradual das taxas de referência.
Análise e perspetiva.
O retrato de agosto de 2025 confirma que Portugal entrou numa fase de normalização financeira.
As taxas estão a estabilizar, a inflação desacelera e o mercado começa a recuperar confiança — ainda que de forma moderada.
Este é um momento em que o acompanhamento financeiro especializado faz toda a diferença: comparar propostas, renegociar crédito e otimizar poupanças pode gerar ganhos significativos.
Conclusão.
Os dados do Banco de Portugal mostram que o custo do dinheiro está a estabilizar, marcando uma transição para um novo ciclo económico.
As taxas de juro dos depósitos mantêm a tendência descendente, enquanto o crédito começa a dar sinais de suavização.
Neste contexto, é essencial tomar decisões informadas.
A Maxfinance Presidente ajuda-o a analisar o mercado, comparar propostas e encontrar as soluções de crédito e investimento mais vantajosas — sempre com transparência e acompanhamento personalizado.
Mais do que números, trata-se de escolhas financeiras inteligentes.
Fonte: Banco de Portugal



