Em setembro, a avaliação bancária de imóveis em Portugal apresentou um crescimento significativo, com um aumento de 10% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. O valor médio da avaliação fixou-se em 1.695 euros por metro quadrado, superando a taxa de crescimento de 8,2% registrada em agosto, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Este crescimento na avaliação não só reflete uma tendência de valorização no setor imobiliário, mas também uma atividade crescente na concessão de crédito. Em setembro, foram realizadas 33,1 mil avaliações, representando um aumento de 4,3% em relação ao mês anterior e uma impressionante subida de 32,8% em termos homólogos.
O Algarve destacou-se como a região com o maior aumento mensal na avaliação, apresentando um crescimento de 2,6%, acima da média nacional de 1,9%. Quando se considera o crescimento homólogo, o Oeste e Vale do Tejo lideraram com uma subida de 12,8%.
Aumento por Tipologia de Imóveis
Por tipologia, os apartamentos registaram um aumento de 10,2% na avaliação, atingindo 1.882 euros por metro quadrado, com a Região Autónoma dos Açores a apresentar o crescimento mais acentuado, de 17,9%. Em contrapartida, as moradias tiveram um aumento de 8,6%, com um valor médio de 1.301 euros por metro quadrado. A Madeira também se destacou nesta categoria, com um crescimento de 14,6%. O Alentejo foi a única região a registar uma diminuição, com uma descida de 2,3%.
Disparidades Regionais
A análise por regiões revela que a Grande Lisboa, o Algarve, a Região Autónoma da Madeira, a Península de Setúbal e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação superiores à mediana nacional. A Grande Lisboa, em particular, destacou-se com uma valorização de 46,8%. Por outro lado, regiões como Alto Alentejo, Beira Baixa e Alto Tâmega e Barroso apresentaram os valores mais baixos, com diferenças em relação à mediana nacional que chegaram a 50,5%.
Com estas tendências, o mercado imobiliário português continua a mostrar sinais de resiliência e crescimento, atraindo tanto compradores como investidores.