Victor Velez
Victor Velez
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Como reduzir a ansiedade financeira

Neste artigo abordo a importância do tema que o planeamento financeiro pode ter na redução da ansiedade que sente e, dou 5 dicas que poderá organizar melhor as suas finanças pessoais.

As pessoas na sua globalidade, deparam-se ao longo da sua vida com tomadas de decisão, que muitas vezes têm impactos positivos ou negativos, mas importantes para o seu bem estar e saúde.

Neste artigo vou falar sobre gestão financeira e, a importância que as tomadas de decisão podem gerar em algumas pessoas, podendo levar à ansiedade financeira, e a consequências pouco saudáveis. Lidar com o dinheiro em simples atos de gestão familiar, contratação de um crédito habitação ou particular, ou até a realização de um investimento pode ser muito stressante para certas pessoas e ser gerador de altos níveis de ansiedade.

Assim sendo, é importante antes de tomar decisões, perceber o impacto que estas questões têm em si, e procurar recolher o máximo de informação prévia, estudando as várias alternativas disponíveis.

Estou a falar de planeamento.

O planeamento é uma das palavras mais importantes e que pode contribuir e muito para baixar os seus níveis de ansiedade, presente e futuro. Na verdade quando está a planear, deverá antever vários cenários possíveis: um mais optimista, um conservador e um pessimista. Esta antevisão de possíveis resultados permitem-lhe de forma antecipada pensar em possíveis acções e estratégias financeiras, em função de cada um dos resultados.

Lembre-se que o mundo é muito dinâmico e a vida pode ir mudando ao longo dos anos, ter atualmente uma realidade profissional estável e daqui a cinco anos deparar-se com uma situação de desemprego.

Ser conservador no que à gestão financeira diz respeito, pode ser muito importante para baixar os seus níveis de ansiedade financeira. Se criar estratégias financeiras de poupança, e margem de oscilação, está a precaver o futuro, e defender-se para possíveis incumprimentos ou endividamento futuro.

Lembre-se que a ansiedade geradora da falta de dinheiro, pode tirar-lhe o sono e um bom sono é muito importante para a sua saúde e fá-lo pensar melhor.

1 – Faça um orçamento e controle as entradas e saídas de dinheiro

As melhores empresas do mundo são muito organizadas e, todas têm um plano de gestão que, inclui um orçamento financeiro para atingirem os resultados a que se propõem.

Faça como as melhores empresas e comece por criar o seu orçamento financeiro familiar. Analise antecipadamente os seus proveitos e os seus gastos, e a sua real margem de gastos extra. Para isso pode recorrer a uma simples folha de Excel, aceder aos seus extratos e espelhar nela todos os custos que tem, quanto ganha e quanto gasta mensalmente.

Após ter toda a informação espelhada e o conhecimento exacto dos resultados, já está em condições de começar a pensar e definir qual a melhor estratégia para alcançar os objetivos a que se propõe, com as suas finanças pessoais controladas e saudáveis.

A criação do orçamento financeiro pessoal (orçamento provisional), permite-nos analisar e pensar de forma antecipada de qual será a nossa evolução financeira ao longo do ano. No entanto ao longo dos meses, poderão haver dinâmicas de vida, que nos podem desviar mais ou menos do que estava previamente previsto. Assim sendo, é importante ir-mos atualizando de forma periódica o nosso orçamento real.

Esta organização irá permitir tomadas de decisão financeiras mais conscientes em função dos gastos e investimentos que temos ou queremos fazer e que podem ser mais ou menos essenciais. Este controlo pode mostrar-lhe que está a direcionar muitos custos para despesas pouco essenciais e cortando em algumas delas, poderá direcionar esse dinheiro para poupanças.

2 – Procure pensar e antecipar as despesas

No orçamento familiar deverá espelhar as despesas estruturais de médio longo prazo ( exemplo: custo com crédito habitação, crédito automóvel), e as despesas de âmbito variável (exemplo: custo com férias, regresso às aulas, revisão do carro ou Natal).

Procure também identificar despesas variáveis necessárias: como pintura da casa ou pequenos arranjos ou materiais que tenham de ser previsivelmente substituídos.

Deixe uma margem de erro para custos não pensados e contabilizados e que poderão surgir mais cedo ou mais tarde. Lembre-se que quando essas despesas aparecerem, se senão tiver margem erro e poupanças, poderá ser uma chatice e terá que recorrer a crédito e isso poderá hipotecar o seu futuro.

A solução deverá passar por ir juntando dinheiro mensalmente, para estar prevenido para quando a necessidade chegar e dessa forma conseguir ter um controlo da sua gestão financeira.

3 – Defina objetivos de poupança

Como já falamos, o planeamento pode ser a palavra chave para reduzir a ansiedade financeira, reagindo com o máximo de antecedência possível.

Neste ponto, falamos de poupança e a maioria das pessoas sabe das dificuldades de conseguir gerar poupanças e isso poderá ser gerador de frustração e levar à ansiedade.

Mas até na poupança é possível planear. Podemos criar objetivos anuais de poupança, e depois escalá-los para mensal e diário, e dessa forma sabemos exatamente qual o valor que temos de não gastar diariamente para atingir certos resultados.

Outro fator importante é traçarmos metas e objetivos financeiros de poupança exequíveis. Nada pior do que sermos muito ambiciosos ao ponto de colocarmos uma pressão enorme em cima de nós.

Procure ser constante e equilibrado nas poupanças, organize-se de forma a conseguir manter mensalmente o equilíbrio com excedente positivo, nem que seja pouco. Gera mais instabilidade pessoas que num mês poupam 150€ e no mês seguinte têm de ir buscar à poupança.

Lembre-se que poupar é importante, mas viver também é. Se poupar mensalmente 250€, em 10 meses junta 2500€, a questão é saber qual o impacto que isso tem nas suas contas mensais e se esta poupança não poderá ter impactos negativos em função da sua taxa de esforço e critérios de qualidade de vida mínimos a que se propõe. Se tiver muitos encargos fixos, que lhe libertam pouca margem para outros custos e poupança, opte por delinear objetivos menos ambiciosos mensalmente, mas mais realistas com a sua condição. Poderá tentar atingir o mesmo objetivo de poupança, alargando o tempo para o conseguir, por exemplo para 25 meses e dessa forma, propõem-se a juntar mensalmente 100€. Desta forma tem o objetivo de poupança mensal mais realista com a sua carteira e capacidade de o cumprir.

4 – A importância de ter um Fundo de Emergência

O ponto anterior, fala de poupança e esta irá permitir-lhe criar o seu fundo de emergência. O povo chama a este fundo de emergia o “Pé de Meia” que permite às famílias fazer face a imprevistos e, também pode ser visto como um fator de uma certa indepêndencia.

Qual o valor adequado que deveremos ter no nosso fundo de emergência?

Poderemos sempre dizer que quanto mais melhor, mas sejamos realistas com a nossa situação financeira e, a maioria das pessoas, se conseguir ter um valor que corresponda à soma das suas despesas num intervalo entre 6 a doze meses já é um objetivo de valor interessante.

Este fundo é importante porque permite às pessoas ou famílias, terem dinheiro para fazer face a imprevistos e dificuldades que possam surgir e conseguirem viver mais descansadas e tranquilas em relação ao futuro.

5 – Defina uma estratégia financeira a longo prazo

Defina a sua estratégia financeira a longo prazo, com objetivos bem traçados, realistas mas atingíveis. Depois procure concentrar-se nas soluções para atingir os seus objetivos. Lembre-se que ao fazer um bom planeamento está a reduzir possíveis problemas e estará mais bem preparado para as situações imprevisíveis que possam surgir.

No seu planeamento estratégico de longo prazo, procure considerar incorporar fatores externos que não dependam de si mas que podem ter impacto nas suas contas como as subidas de taxas de juro e inflação. Pense como, e em que altura, deverá de procurar novas soluções que podem passar por rever a despesas, renegociar contratos e reavaliar o que é ou não essencial.

Lembre-se que se tiver a necessidade de renegociar créditos, por exemplo ao nível da extensão dos prazos de pagamento, os seus níveis de poupança, podem ser um fator muito importante para si na negociação.

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